sexta-feira, 12 de junho de 2009

Rescaldo eleitoral

Uns dias após as Eleições para o Parlamento Europeu, é altura para um “rescaldo”.
Nestas eleições há duas coisas que saltam à vista: a enorme abstenção e o fraco resultado do Partido Socialista.
Quanto à abstenção elevada – e o dia nem estava muito convidativo para uma ida à praia –, a culpa é do Governo. Não (só) deste Governo, mas do(s) Governo(s) em geral que têm dirigido este país. Os sucessivos Governos nunca perguntaram aos portugueses se queriam entrar para a União Europeia (então CEE); nunca perguntaram se queríamos Maastricht; nunca perguntaram se os portugueses concordavam com o Tratado de Lisboa; nunca consultaram o povo, em referendo, para saber a sua opinião sobre a Europa e, agora, pedem-lhe votos.
Foram ainda os sucessivos Governos que incentivaram os portugueses a “fazer pontes”, dando tolerância, talvez como medida eleitoralista, tentando caçar mais um voto aqui e ali. Saiu-lhes o tiro pela culatra…
A Europa nunca disse grande coisa aos portugueses, a não ser para passar Férias. Por isso há que aproveitar os feriados e as “pontes” para mais uns dias de ócio.
Já quanto à derrota do PS, este terá sido o primeiro cartão amarelo que os portugueses mostraram ao Governo de José Sócrates. Talvez o “povinho” das feiras, dos sacos de plástico e das esferográficas, tenha percebido que está na hora de mudar, que está na hora de renovar os políticos e os partidos. Está na hora de dar oportunidade a novos partidos, a partidos com gente nova.
Vamos mudar!

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