sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Bancos coxos…

Hoje, cinco dos maiores bancos portugueses (BCP, BES, BPI, Santander e a Caixa Geral de Depósitos) admitiram a possibilidade de virem a recorrer aos 20 mil milhões de euros que o Governo disponibilizou, há poucos dias, como garantia à Banca portuguesa para estabilizar o sistema financeiro.
Possibilidade, dizem eles… Vão aproveitar até ao último cêntimo.
É o nosso querido Governo a ajudar estas “famílias necessitadas” com o dinheiro dos nossos impostos.
Então, onde é que está o nosso sistema financeiro pouco exposto à crise internacional e a Banca sólida? Onde é que estão os lucros (loucos) que os Bancos andaram anos e anos a anunciar? Onde é que estão os Bancos que queriam comprar outros Bancos?
Sabem, meus amigos, lá diz o povo – e com razão: Mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo.
Isto (ainda) vai dar merda!...

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Já não há lugares seguros...

Este Verão, que parece estar agora a terminar, a sensação de insegurança aumentou no nosso país. As pessoas (já) não se sentem em segurança em casa, na rua, nos transportes públicos...
Quando assim é, onde é que nos sentimos mais seguros? Junto da autoridade, junto das forças de segurança. Mas… ao que parece, não há nada de mais errado.
A casa da magistrada responsável pelo processo “Noite Branca” foi assaltada e roubado o seu computador portátil; A Direcção Central de Combate ao Banditismo (divisão da Polícia Judiciária) foi assaltada e levaram computadores e armas – irónico, não é?; Desapareceram as caixas Multibanco dos Tribunais de Loures, Cascais e Almada; entro das instalações da PSP de Portimão um homem foi baleado por outro por causa de uma dívida; Na PSP de Moscavide um grupo de jovens entra nas instalações e agride um outro que lá se encontrava.
Desenganem-se todos aqueles que pensam que junto das instituições e das forças de segurança estão a salvo…
Já não há lugares seguros.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Mau Maria...

A selecção nacional de futebol empatou no passado fim-de-semana contra a Suécia. Fiquei muito chateado – não gostei do jogo, da atitude dos jogadores e não me pareceu um bom resultado.
Os amigos, em conversa de café, informaram-me que não era assim tão mau: a Suécia tem uma boa equipa e também pretende ser apurada para a fase final do Mundial. Empatar na Suécia é um bom resultado.
Ontem a selecção voltou a jogar. Desta vez contra a Albânia. «É daqueles jogos de paciência, é preciso insistir e “mostrar” o nosso valor… No final, acabamos por ganhar por três ou quatro», pensei eu antes do jogo.
Resultado final: empate a zero.
Voltei a ficar chateado. Afinal, no final não conseguimos marcar três ou quatro golos. Pelo que vi do jogo – confesso que foi muito pouco, preferi ver o Malato -, e pelo que li nos jornais de hoje, o empate voltou a ser um bom resultado!!! Afinal, faltou muito pouco para perdermos, tal foi a maneira como a selecção entrou no jogo e como os jogadores se entregaram e integraram na equipa.
Acabou a “era Scolari”, vamos voltar a fazer as contas dos pontos e a contar com o mau resultado das outras selecções? Vamos voltar a ficar de fora dos Mundiais e Europeus? Vamos continuar com esta atitude?

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Nós é que pagamos a crise

Parece que é definitivo. A crise está instalada na Europa e na América e teme-se uma recessão mais ou menos global. Os Governos reúnem-se e aprovam ajudas financeiras aos bancos.
O Primeiro-Ministro, José Sócrates, diz que esta crise é das que acontecem uma vez na vida e que não se fará sentir por cá tanto como se sentirá na América e no resto da Europa. No entanto, este fim-de-semana, o Governo aprovou um fundo de vinte mil milhões de euros para garantir as operações de financiamento da Banca.
Todos nós sabemos que para recorrermos ao crédito bancário temos que dar garantias – para obtermos um presunto, temos que dar como garantia o porco, a pocilga, o tractor e a quinta. Agora, o engenheiro Sócrates decidiu que todos nós, portugueses, vamos pagar o financiamento da Banca (privada) nacional. Todos nós, com os nossos impostos, vamos pagar a má gestão, as asneiras e a mania das grandezas dos homens da Banca privada.
O engenheiro Sócrates pediu autorização a quem?
Vai ser o nosso dinheiro que vai pagar os ordenados chorudos dos homens da Banca, e nós que nos contentemos com a miséria do salário mínimo e com as reformas de merda.
Eu conheço algumas pessoas que já estão a tirar as teias de aranha e a limpar o pó debaixo do colchão… Resta-me a satisfação de saber que “esta é das crises que só acontecem uma vez na vida” e que, assim, não terei outra…

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Magia...

Todas as mulheres têm alguma magia…
Acho mesmo que todas as mulheres são ilusionistas.
Já viram as coisas que elas conseguem tirar das suas malas…

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Os livros que estou a ler #6

“A Amêndoa”, de Nedjma
Após as férias e a época estival, chegamos à rentré literária.
Romance erótico autobiográfico, “A Amêndoa” é uma viagem inesquecível à sexualidade oculta de um mundo que é, aos nossos olhos, puritano. E também um testemunho excepcional e sem precedentes: pela primeira vez, uma jovem mulher árabe ousa transgredir o tabu do sexo e quebrar o silêncio para contar a história do seu despertar sexual, exprimindo-se livremente sobre a sua vida íntima, numa narrativa ao mesmo tempo bela e perturbante.
Uma jovem viúva muçulmana que abandona a sua pequena cidade para viver com a irreverente ex-mulher do seu tio. Até então, era de esperar que a mulher se submetesse à vontade e aos desejos do marido, mas agora ela vai ter, pela primeira vez, oportunidade de questionar a sua realidade mais profunda. Quando desenvolve uma fogosa relação com um médico, irá redescobrir-se enquanto ser sexual...

Nedjma
Pseudónimo de uma mulher árabe que vive num país do Magrebe. Nedjma ousou quebrar as regras e ser a primeira mulher árabe a escrever uma narrativa erótica. Uma vitória para as mulheres muçulmanas… pelo menos para as que conseguirem ler este livro.

Autores que estão na minha mesa de cabeceira: Ruth Rendell e Eça de Queirós