quarta-feira, 30 de setembro de 2009

O caso das escutas em Belém

Eu tento escutar aqui, tento escutar ali, tento escutar acolá, mas não ouço nada.
Acho que se está a fazer uma tempestade num copo de água… vazio.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Esta gente precisa de mais coragem

O Partido Socialista foi o vencedor destas Eleições Legislativas.
O PS perdeu a maioria absoluta – espero que o povo tenha aprendido que a maioria absoluta não é boa para nenhum governo –, tendo conquistado 36,56% dos votos. O PSD foi o grande derrotado com 29,09%. A surpresa, foi a grande subida do CDS-PP, que conseguiu 10,46%. No Parlamento, os socialistas terão 96 deputados, os social-democratas 78, o CDS-PP terá 21, o BE elegeu 16 deputados e a CDU 15. A abstenção situou-se nos 39,40%.
Os resultados destas Eleições Legislativas são bem demonstrativos do nosso “espírito português”. Ainda vivemos na era do medo. Neste caso concreto, no medo da mudança.
Durante anos, comenta-se que não se compreende como é que as “Fátimas”, os “Isaltinos” e os “Valentins” deste país continuam a ganhar eleições – e agora, vamos ter Autárquicas... As pessoas passam a vida a queixar-se do custo de vida, da falta de emprego, da Segurança Social, dos serviços públicos, do Governo…
As pessoas parecem descontentes e desanimadas, mas quando são chamadas a participar democraticamente no seu futuro, e no futuro do país, continuam a votar nos mesmos “Valentins” e “Isaltinos”, nas mesmas “Fátimas” e no mesmo Governo… É porque, provavelmente, não estavam assim tão descontentes ou, então, têm medo da mudança
Durante quantos mais anos vamos continuar a comentar as “Fátimas”, os “Isaltinos” e os “Valentins” deste país?
É este o país e as gentes que temos. É preciso mais coragem!

Votar ou Não Votar, eis a questão

A abstenção foi a grande vencedora destas Legislativas com 39,40%. Irónico: num acto onde se contam os votos, o número maior é o de pessoas que não votam. Isto deveria dar que pensar.
Estas pessoas não foram votar, na sua maioria, por estarem descontentes, por terem perdido a confiança nos nossos políticos e por não acreditarem na mudança. Em democracia também é preciso saber respeitar esta atitude. O que estas pessoas perderam, foi a oportunidade de contribuírem para a mudança e perderam a legitimidade para criticar.
Pois bem, imaginemos que estas pessoas iam votar. E que, como estavam descontentes, desconfiadas, descrentes e porque não acreditavam em nenhum dos partidos, votavam em branco. Isso, sim, era uma verdadeira bofetada – não de luva branca, mas de voto branco –, na nossa classe política. Assim demonstravam o seu descontentamento para com os nossos políticos e ganhavam legitimidade para opinar.
Isto deveria dar que pensar.

domingo, 27 de setembro de 2009

Já vi este filme...

Noite de Legislativas.
Estou há duas horas a olhar para a televisão. Ainda não consegui digerir estes resultados eleitorais. Vamos ter mais quatro anos do mesmo.
Desculpem, tenho que ir vomitar outra vez...

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Eles andam aí!

Nas feiras e nos mercados, nos comboios e nos autocarros, nos centros comerciais e no comércio de bairro, nas ruas mais movimentadas das nossas cidades... Eles andam aí!
Distribuem beijinhos e abraços, sacos de plástico e esferográficas, t-shirts e bonés. Cumprimentam todos que passam por eles sem medos nem receios... Eles andam aí!
Ocupam tempo de antena nas televisões e nas rádios, colam cartazes e outdoors, penduram propaganda nos postes e candeeiros e fazem anúncios nos jornais... Eles andam aí!
Uns com programas demasiado longos e complexos, outros sem qualquer programa. Doutores e Engenheiros, empresários e homens do povo andam todos atrás do nosso voto.
No ano em que se anunciava a campanha mais sofisticada de sempre, temos noticiários interrompidos, ataques pessoais, escutas, contra-ataques, TGV’s, cursos superiores, aeroportos, golpes baixos, auto-estradas, demissões… tudo serve para arremessar uma “pedra” ao “telhado” do vizinho. Pena que todos tenham telhados de vidro.

Anda aí um fetiche por Salazar…

Esta derradeira semana de campanha eleitoral para as legislativas promete ser bastante dura. Os principais intervenientes, não têm poupado esforços para “deitar abaixo” os seus adversários.
Tenho reparado que, nos últimos tempos, as nossas figuras políticas mais intervenientes têm remexido as tumbas mais ilustres; da Padeira de Aljubarrota a Salazar, os nomes são muitos. Mas, muito pior do que o vírus da Gripe A, anda no ar um certo fetiche pelo ditador…
Ontem, o cabeça de lista do Partido Socialista por Vila Real comparou o discurso de Manuela Ferreira Leite ao de Salazar. Hoje, o ministro Pedro Silva Pereira disse, em Chaves, que “o discurso do PSD tem muito de salazarento”. Na semana passada, Paulo Portas, em Vila Pouca de Aguiar, disse que “Louçã vai na peugada de Salazar”. No penúltimo debate televisivo, entre Paulo Portas e Francisco Louça, o líder do Bloco de Esquerda acusou o CDS-PP de recuperar um discurso típico do “Estado Novo”. Já na pré-campanha, José Sócrates tinha citado Salazar…
Exemplos não faltam… mas vamos parar por aqui, que já começo a ficar enjoado.
Discutam os verdadeiros problemas do país e deixem o homem descansado… ou não… Olhem para a frente e parem de remexer as sepulturas.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Recordações de Infância: Sítio do Picapau Amarelo

Tinha 76 anos mas será sempre recordada como a jovem boneca Emília, da série juvenil brasileira “Sítio do Picapau Amarelo”. Dirce Migliaccio representou este papel durante nove anos.
A actriz brasileira morreu, ontem, no Rio de Janeiro, vítima de complicações originadas por uma pneumonia.
Dirce Migliaccio, nos quase 50 anos de carreira, participou em mais de uma dezena de filmes e em mais de dezena e meia de telenovelas brasileiras.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Bússula desnorteada...

Estamos, mais uma vez, em semana de eleições. Desta feita, Legislativas.
Os portugueses, no dia 27 de Setembro, vão ser chamados a escolher os seus deputados na Assembleia da República e o Chefe de Governo. Por isso, estas são umas eleições importantíssimas.
Tenho acompanhado, minimamente, a campanha eleitoral dos principais partidos políticos nacionais. Não estou muito contente com o que tenho visto e ouvido.
Pelo que me apercebi, ainda somos muitos os indecisos – pois é, eu incluo-me nesse vasto número dos que ainda não têm a certeza de qual o partido em que irão votar; antes pelo contrário, sei perfeitamente qual é o que não vai contar com a minha cruz.
Para “ajudar” os indecisos, existe na net uma “ferramenta” que se propõe dar uma orientação política e esclarecer as dúvidas de cada um: chama-se Bússola Eleitoral.
É uma pequena “aplicação” que nos coloca questões muito concretas e que, no final, diz qual a nossa orientação política, em função das respostas dadas.
Inicialmente pareceu-me interessante, mas respondidas as questões, o resultado obtido foi, para mim, algo surpreendente. Aqui fica:
. Analise do meu posicionamento político:
Os partidos, dos quais eu me encontro mais próximo são o PS, seguido do MMS e do MEP. Por outro lado, o partido do qual estou mais afastado é o PNR.
. Analise da concordância com os partidos políticos:
MMS (76,0%), PDA (75,0%), MEP (75,0%), PSD (71,3%), PS (70,4%), CDS-PP (65,7%) … e em último lugar surge o PND (48,1%).

Aqui fica o endereço: http://bussolaeleitoral.pt/

sábado, 19 de setembro de 2009

Esmiuçar os Gato Fedorento


Os Gato Fedorento estão de volta.
Confesso que nunca fui um grande adepto das suas piadas, mas também nunca fui um grande adepto do Benfica. Digamos que sou um simpatizante. Pronto, há umas quantas piadas que são geniais.
No entanto, este novo esmiuçar agrada-me. Pronto, nem tudo.
Há ali muitas horas de trabalho, e este novo modelo faz lembrar o Daily Show, do Jon Stewart – pode ser o pontapé de saída para um novo formato… pelo menos apresentador já temos.
Ainda bem que há alguém que faz algo de positivo com a campanha eleitoral...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Acabaram com o Jornal da TVI, agora vão acabar com o 5 para a meia-noite...


Pois é a grande (e triste) notícia está aí: o 5 para a meia-noite vai terminar para a semana - ao que parece na quarta-feira.
Depois de terem acabado com o Jornal Nacional de Sexta (na TVI), agora, preparam-se para acabar com aquele que, provavelmente, é o melhor programa de televisão nacional. Bolas... o que é que vamos passar a fazer aos fins de noite?... Talvez f****...
A notícia foi divulgada pelo próprio "boinas" no seu twitter «Pronto, é oficial:o '5 p/a Meia-Noite' termina no final da próxima semana mas a 2ª série começará ainda este ano.OBRIGADO a todos;)bjs & abs». :(
Ó Luís Filipe Borges (e companhia), nós é que agradecemos. Voltem depressa.
Agora tenho que ir... o programa vai começar.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O dia que mudou o Mundo

Passam hoje oito anos sobre o ataque terrorista sobre as duas torres gémeas do World Trade Center, em Nova Iorque. 9 de Setembro de 2001 foi o dia que viria a mudar o Mundo para sempre.
Um grupo de terroristas da Al-Qaeda sequestrou quatro aviões comerciais, fazendo embater dois deles contra as torres gémeas do World Trade Center, que acabariam por ruir; um terceiro contra o Pentágono, em Washington; e o quatro avião acabou por se despenhar em Somerset County, na Pensilvânia, mas as autoridades acreditam que o seu alvo seria o Capitólio. Neste atentado, ainda bem presente na memória de todos nós, perderam a vida cerca de 3000 pessoas.
O Mundo nunca mais foi o mesmo.

Imagem: NASA

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Manuela Moura Guedes, TVI, José Sócrates & C.ª, Lda.

O que aconteceu, agora, na TVI, poderia ter acontecido há algum tempo atrás. O que aconteceu na TVI poderia ter acontecido em qualquer outra empresa, com qualquer trabalhador. A diferença, está no facto de que Manuela Moura Guedes era a esposa do então “manda-chuva”. Agora que o “manda-chuva” deixou de o ser, a administração da empresa achou-se com liberdade e com o à-vontade suficiente para o fazer.
O momento escolhido – a poucas semanas das Eleições Legislativas – não terá sido o mais feliz e pode vir a ser problemático para José Sócrates (que há cinco meses acusou este noticiário de “jornalismo travestido” e de “caça ao homem), com a oposição e alguma opinião pública a dizer que foi a “vingança” do Primeiro-Ministro.
Confesso que não gosto do critério editorial da TVI, que não gostava do Jornal Nacional de Sexta, como não gosto de nenhum outro da estação. Havia ali uma mistura de conceitos – pelo menos dos meus conceitos –, onde se misturava o “serviço informativo” com um qualquer outro programa de entrevistas, opinião ou até mesmo de entretenimento.
Manuela Moura Guedes merecia um programa próprio, só seu, onde, aí sim, poderia dar azo aos seus comentários e à sua espontaneidade. É necessário realçar aqui a coragem e a frontalidade com que a jornalista fazia o seu trabalho e comentava os temas.
Resta esperar que a liberdade de imprensa e de expressão imperem no país, que se trate apenas de uma “remodelação” na TVI e não de mais uma “caça às bruxas” e que Manuela Moura Guedes encontre rapidamente um programa onde possa mostrar o seu trabalho e partilhar as suas opiniões.

O vídeo promocional que nunca chegou a ir para o ar…