sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Manuela Moura Guedes, TVI, José Sócrates & C.ª, Lda.

O que aconteceu, agora, na TVI, poderia ter acontecido há algum tempo atrás. O que aconteceu na TVI poderia ter acontecido em qualquer outra empresa, com qualquer trabalhador. A diferença, está no facto de que Manuela Moura Guedes era a esposa do então “manda-chuva”. Agora que o “manda-chuva” deixou de o ser, a administração da empresa achou-se com liberdade e com o à-vontade suficiente para o fazer.
O momento escolhido – a poucas semanas das Eleições Legislativas – não terá sido o mais feliz e pode vir a ser problemático para José Sócrates (que há cinco meses acusou este noticiário de “jornalismo travestido” e de “caça ao homem), com a oposição e alguma opinião pública a dizer que foi a “vingança” do Primeiro-Ministro.
Confesso que não gosto do critério editorial da TVI, que não gostava do Jornal Nacional de Sexta, como não gosto de nenhum outro da estação. Havia ali uma mistura de conceitos – pelo menos dos meus conceitos –, onde se misturava o “serviço informativo” com um qualquer outro programa de entrevistas, opinião ou até mesmo de entretenimento.
Manuela Moura Guedes merecia um programa próprio, só seu, onde, aí sim, poderia dar azo aos seus comentários e à sua espontaneidade. É necessário realçar aqui a coragem e a frontalidade com que a jornalista fazia o seu trabalho e comentava os temas.
Resta esperar que a liberdade de imprensa e de expressão imperem no país, que se trate apenas de uma “remodelação” na TVI e não de mais uma “caça às bruxas” e que Manuela Moura Guedes encontre rapidamente um programa onde possa mostrar o seu trabalho e partilhar as suas opiniões.

O vídeo promocional que nunca chegou a ir para o ar…

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