segunda-feira, 30 de junho de 2008

Um Super Blog...



Pois é, a partir de hoje este é um blog inscrito no "Super Blog Awards", uma iniciativa da Super Bock que visa contribuir para a difusão dos melhores Blogs na língua de Camões e estimular os portugueses a participarem na consolidação da Identidade Portuguesa online. É portanto um prémio que se quer bem fresquinho. É um prémio à liberdade de expressão... Perdão, Xpressão fresquinha.
Vamos todos xpressarmo-nos mais!

sexta-feira, 27 de junho de 2008

Oportunidade de negócio

Recentemente li num jornal diário que o Hospital do Barreiro contratou um médico oftalmologista espanhol para combater a lista de espera naquela especialidade médica.
Ao que parece, naquele Hospital, havia pacientes que aguardavam por uma intervenção cirúrgica há mais de um ano. Assim, esta foi a maneira (mais em conta) que o Hospital arranjou para diminuir a lista de espera.
O médico espanhol, em seis dias, realizou 234 cirurgias a doentes com cataratas. Ou seja, segundo o jornal, fez tantas operações como cinco médicos portugueses num ano… e por metade do preço que normalmente é cobrado no serviço privado.
As notícias relatam que esta atitude da administração do Hospital do Barreiro causou algum mal-estar na Ordem dos Médicos e junto dos especialistas portugueses. Não percebo! Se as cirurgias foram bem realizadas e o respectivo acompanhamento médico garantido aos doentes, não só acho que é de louvar a atitude da administração do Hospital, como também acho que seria uma opção a ter em conta por outras instituições hospitalares e por outras especialidades onde as listas de espera são grandes.
A mim, parece-me é que está muita gente preocupada com as oportunidades de negócio que foram perdidas… Se há assim tanta falta de médicos no serviço público, que se baixem as médias para acesso à faculdade e que se abram novos estabelecimentos de ensino.

sábado, 14 de junho de 2008

Obrigado Scolari!

Ao que parece, já é oficial: Luiz Felipe Scolari vai deixar a Selecção Portuguesa no final do Euro 2008.
É pena! A “Era Scolari” à frente da Selecção portuguesa está a chegar ao fim. Compreendo que tudo tem um ciclo, tudo tem um fim. É verdade que ninguém fica indefinidamente no mesmo lugar mas, mesmo assim, é uma pena. Penso que Scolari ainda tinha muito para dar à Selecção.
Scolari conseguiu com a nossa Selecção (e com o país) aquilo que mais ninguém havia conseguido. Agora é preciso que quem vier a seguir saiba aproveitar e continuar o trabalho realizado por Scolari à frente da Selecção.
Ainda vou ver aqueles que criticaram o trabalho de Luiz Felipe Scolari à frente da Selecção, não só a elogiarem os resultados obtidos, mas também a desejar que ele não tivesse saído.
Obrigado Scolari!

quarta-feira, 11 de junho de 2008

A Febre da Selecção

Na última meia dúzia de anos o país viu-se infestado por uma estranha epidemia – que tem vindo a aumentar com o passar do tempo. Assim, de dois em dois anos, há um estranho vírus que afecta a maior parte dos portugueses; é uma peçonha que provoca febre, histeria e uma certa dose de loucura.
É a Febre da Selecção.
A Febre da Selecção, normalmente, ataca em força (como já disse, de dois em dois anos), pelo início do Verão, sendo que os seus sintomas se começam a fazer sentir por alturas do estágio. Finalmente, quando começa o torneio – Campeonato do Mundo ou da Europa –, a febre alastra-se e a histeria ataca mais forte em dias de jogo.
Mas esta estranha febre tem efeitos secundários. O país vai parando, cada vez mais, jogo após jogo, vitória após vitória. É a loucura generalizada e, durante duas ou três semanas, o país deixa de ter problemas; acabam-se as preocupações com a subida dos preços dos combustíveis e dos bens de consumo, acabam-se as preocupações com a precariedade de emprego, com as desigualdades sociais e com os salários de miséria.
Deixem o povo berrar por Portugal e pela Selecção, deixem-no desfraldar a bandeira nacional, enfeitar janelas e sacadas com o verde e rubro nacional. Afinal de contas, daqui a uns dias a febre passa… acaba-se o sonho e a ilusão. É o regresso ao pesadelo do dia-a-dia num Portugal triste e cheio de mágoas.
Vamos aproveitar esta euforia por Portugal e convertê-la a favor de uma nação (inteira) que precisa que o seu povo se una e, todo uno, faça com que o país se volte a erguer.
Bom, agora, vou vestir a minha camisola, pegar na minha bandeira e no meu cachecol e vou, juntamente com os meus colegas, gritar por Portugal e assistir ao jogo da Selecção.
Que ganhe o melhor… Que ganhem os melhores…
PORTUGAL!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Os livros que estou a ler #5

“O Caderno Dourado”, de Doris Lessing
Um romance sobre as ilusões perdidas de uma classe intelectual inglesa idealista e sonhadora que se julgava capaz de transformar a sociedade segundo o estipulado por Marx. “O Caderno Dourado”, considerado a obra-prima da autora, conta a história de uma escritora de sucesso em forma de diário. Romance com uma estrutura “diferente”, constituído por cinco partes: Mulheres Livres com uma história por si só, e quatro cadernos coloridos, escritos por Anna Wulf, personagem central de Mulheres Livres. É considerado um clássico feminista por alguns estudiosos, mas não pela autora. A Academia Sueca classificou-a como “uma obra pioneira do movimento feminista, pertencendo ao grupo de obras que mudaram a forma de ver as relações homem-mulher no século XX”.

Doris Lessing
Nasceu em Kirmansch, na Pérsia (actual Irão) em 1919. Ainda muito nova muda-se com a família para a Rodésia (actual Zimbabué). Começa aos sete anos a escrever, apesar da preferência da mãe incidir sobre a música. Deixou a escola aos 14 anos, sendo autodidacta em toda a sua formação posterior. Aos 30 anos, com dois casamentos desfeitos e três filhos, parte para Londres. Na mala levava um romance que seria publicado no ano seguinte, o seu primeiro êxito: “A Erva Canta” (“The Grass is Singing”, 1950). No entanto, foi com “O Caderno Dourado” (“The Golden Notebook”, 1962) que se tornou conhecida internacionalmente.
A escritora explorou vários estilos, inclusive a ficção científica nos cinco volumes da série “Canopus em Argos: Arquivos” (“Canopus in Argos: Archives”, 1979-1983). Temas de inspiração comunista, as tensões inter-raciais, a violência contra as crianças e a causa feminista foram alguns dos assuntos que serviram de mote à sua vasta obra. Doris Lessing escreveu mais de quatro dezenas de livros e recebeu o Nobel da Literatura 2007.

Autores que estão na minha mesa de cabeceira: Ruth Rendell e Eça de Queirós