segunda-feira, 19 de março de 2007

Dois anos de Governo

O Governo do sr. eng. José Sócrates faz agora dois anos. Está, portanto, a meio do seu mandato.
Os números são como o algodão: não enganam. A taxa de desemprego em 2005 era de 7,6 por cento o que, na altura, foi considerado por Sócrates de escandaloso. Hoje, a taxa de desemprego ronda os 8 por cento...
O crescimento económico do país continua (quase) sem crescer – bem longe dos 2,7 por cento previstos para a União Europeia.
Para quê os sacrifícios pedidos pelo Governo? Será que estamos condenados a andar sempre no pelotão dos últimos da União Europeia? Será que os novos países aderentes à UE nos irão ultrapassar a nível de desenvolvimento? Pelos números das Nações Unidas não parece haver grandes dúvidas – em 2004, no Relatório para o Desenvolvimento da ONU, Portugal estava no 26º lugar. Hoje estamos no 28º, sendo que, dentro da União Europeia, Portugal é já 17º.
A diferença entre Portugal e os restantes países da União Europeia continua a aumentar. O país parece estar cada vez mais pobre, as famílias cada vez mais endividadas e o desemprego continua a aumentar. Mas, parece-me que o Governo continua a fazer passar a imagem de que Portugal está no caminho certo.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Mais privatizações

Esta semana li, no Diário de Notícias online, que existe a possibilidade do Governo vir a privatizar os cemitérios, entregando a sua gestão aos privados.
Já era de esperar. Num país onde o Estado não faz muito pelos vivos, também era previsível que, um dia, se desinteressasse pelos mortos. Afinal, estes últimos já não contribuem com os seus impostos.

Falta educação

Com alguma frequência, tem vindo a público, notícias de violência nas escolas. Alunos que maltratam professores e, mais recentemente, até familiares de alunos que batem nos docentes.
Depois queixam-se que o nosso sistema escolar não funciona. Não é o sistema escolar que não funciona. São os pais, em casa, que não funcionam – é em casa que se dá a educação, na escola adquirem-se conhecimentos. A má educação dos alunos (e de alguns familiares) é que é muita. Ao que parece, agora é moda não dar educação aos filhos…
Se é verdade que alguns miúdos nos conseguem fazer “perder a paciência”, também não é menos verdade que existem professores que “fervem em pouca água”. Mas tanto docentes como alunos têm que saber conviver dentro da escola.
Ainda me lembro, do meu tempo de escola, quando chegava a casa alguma “má notícia”. Eu “borrava-me todo” só com o discurso do meu pai.

terça-feira, 6 de março de 2007

Consulta atrasada

Demorou dois anos! Demorou, mas chegou… ou melhor, vai chegar lá mais para o fim do mês.
Alguém, meu conhecido, teve um problema de saúde há cerca de dois anos. Depois de ter sido assistido de urgência no SAP da sua área de residência, foi seguido pelo médico de família. O seu clínico assistente aconselhou que se marcasse uma consulta e uma série de exames no hospital central.
Chegou agora – mais de dois anos depois – o postal com a data da dita consulta… Quando já todos pensavam que a consulta se tinha extraviado, eis que surge o postal. Finalmente o meu conhecido vai ficar a saber o que teve e o que causou o seu problema de saúde… há dois anos atrás.
Os nossos serviços de saúde funcionam muito bem… Felizmente o problema não era (muito) grave…

O regresso de Portas

Paulo Portas diz vai voltar, activamente, à política. Quer voltar à liderança do CDS-PP. Acho bem.
Uma boa oposição pode originar uma boa governação, e estamos a precisar de ter uma oposição mais forte e que se faça ouvir. E Paulo Portas é um bom elemento na oposição. A actual bancada da oposição precisa de ideias novas – ideias que se façam ouvir do lado de fora do Parlamento. Fazem falta as ideias (populares) de Paulo Portas na bancada da oposição. Na bancada da oposição e no próprio CDS-PP, que tem andado meio adormecido. Faz-lhe falta um bom abanão para ver se acorda…

segunda-feira, 5 de março de 2007

Bienvenidos

Depois das Maternidades, este Ministério da Saúde quer fechar os serviços de urgência de alguns Centros de Saúde e Hospitais espalhados pelo país. Já não chegava termos que ir nascer a Espanha, termos que ir trabalhar para Espanha e, agora, quando estivermos doentes, também vamos ter que ir ao médico ao país vizinho. Isto está lindo!
Não era melhor mudarmos de vez para Espanha?