terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Que grande filme...

Esta semana fui com o meu filho ao cinema.
Cheguei ao cinema, dirigi-me à “bilheteira” – e digo “bilheteira” porque actualmente, nesta era de querer ganhar dinheiro fácil com poucos gastos, aquilo que deveria ser o ponto de aquisição de bilhetes é, também, o local onde se pode comprar pipocas, cachorros quentes, chocolates, colas e outras bebidas e merchandise dos filmes em exibição.
Assim, depois de ter estado cerca de 15 minutos numa fila maioritariamente constituída por jovens que pareciam famintos por pipocas – quais abelhas obreiras em busca de pólen –, pude adquirir os meus bilhetes. O jovem que me atendeu – que certamente seria um zangão – foi, no mínimo, muito pouco atencioso. Informou-me, num tom seco, que para a sessão das 17h10 já havia poucos lugares disponíveis e que os melhores, então, seriam na terceira fila. Pedi-lhe para verificar novamente, já que ainda faltavam quase duas horas para o início do filme. Não senhor, já não há mais lugares vagos. Aceitei.
Quando começa o filme verifico, do meu lugar na terceira fila, que meia sala ainda se encontra vazia. «É época de Natal, as pessoas aproveitam até à última para fazer umas compras e chegam mais tarde», pensei eu. Sensivelmente a meio da primeira parte do filme, verifico que, afinal, as pessoas não andavam nas compras; a sala continuava meia vazia.
Resolvi o problema. Mudei para o meio da sala, de onde assisti ao resto do filme divertido com o meu filho.
Isto é o que faz colocarem pessoas que só “sabem” vender pipocas e colas a “tirar” bilhetes e, provavelmente, tirar pessoas da sala também. Grandes melgas! Os clientes é que pagam…
Para que conste, foi numa sala Lusomundo e o filme “História de uma Abelha”.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Os livros que estou a ler #2

“Lembrem-se de Mim”, de Mary Higgins Clark.
“Lembrem-se de Mim” (“Remember Me”, no original) foi escrito em 1994. Menley e Adam, um jovem casal, alugam uma casa em Cape Cod na esperança de refazerem o seu casamento. O nascimento da filha, Hannah, revitaliza o relacionamento do casal, mas Menley nunca parou de se responsabilizar pela morte acidental do seu filho de dois anos. Entretanto, Adam – advogado – aceita como cliente um suspeito de ter assassinado a sua própria noiva. Na casa alugada, uma mansão do século XVIII com um passado sinistro, estranhos incidentes levam Menley a reviver o acidente que vitimou o seu filho e ela começa a temer pela segurança de Hannah.
“Remember Me” foi adaptado para televisão em 1995, onde Mary Higgins Clark participa como Mary.

Mary Higgins Clark (Nova Iorque, 1929) é, hoje, considerada uma das mais importantes autoras de suspense, sendo mesmo considerada a “rainha” do suspense americano. Após uma infância algo difícil – perdeu o pai com apenas 10 anos –, só em 1956 consegue editar as suas primeiras histórias na revista “Extension”. À imagem da mãe, também ela enviúva cedo ficando com cinco filhos a seu cargo. Começa, então, a escrever guiões para rádio. Com base na investigação que tinha feito para um dos seus programas de rádio sobre personalidades americanas, edita um romance biográfico, “Aspire to the Heavens”, sobre George Washington. Em 1975, com o seu primeiro romance, “Where are the Children”, obtém o seu primeiro grande sucesso editorial. A autora conta já com cerca de três dezenas de títulos publicados – muitos deles “best-sellers” mundiais – e, ao longo dos anos, conquistou diversos prémios.

Autores que estão na minha mesa de cabeceira: Doris Lessing e José Rodrigues dos Santos.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O Especialista

Esta semana, tive um pequeno acidente: parti um dente.
Tive que marcar uma consulta “de urgência” no dentista. Perdão, no estomatologista.
Cheguei ao consultório do senhor doutor e expliquei-lhe o sucedido. Ele manda-me sentar na cadeira e “dispara”:
- Então, diga-me lá qual foi o dente que partiu…
“Então, diga-me lá qual foi o dente que partiu…”!? Ó senhor doutor, não seria de esperar que quando eu lhe mostrasse a boca, o senhor identificasse de imediato o dente partido? Afinal, quem é o especialista?

domingo, 9 de dezembro de 2007

O Natal está comprometido!!!

Este ano, o Natal está seriamente comprometido. A empresa que faz a logística do Pai Natal cometeu um erro gravíssimo e, devido ao adiantado do calendário, vai ser difícil emendar o engano. Os presentes estão trocados.
Eu vi, através da televisão, o Pai Natal entregar, a crianças de Portugal, baldes de praia… Meus amigos, estamos em Dezembro – é tempo de frio – nenhuma criança vai brincar com baldes e pás para a praia.
Foi durante a semana que, entre programas, vi a Parada de Natal SIC num qualquer Intermarché. Nas imediações do supermercado, o Pai Natal entregou a mais de que uma criança baldes de praia… No entanto, reparei que havia outras que recebiam bonecas e carros… Não percebo o critério! Mas também não é o critério que quero perceber; o que eu gostava de perceber é a razão de algumas crianças receberam baldes de praia em pleno mês de Dezembro…
Será que aqueles presentes se destinavam a países mais tropicais ou, pelo menos, a países do outro hemisfério onde agora é Verão?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Medidas de plástico

Este Governo preparava-se para mais uma das suas Grandes Medidas: cobrar cinco cêntimos por cada saco de plástico utilizado nas compras realizadas em grandes superfícies. E digo preparava-se, porque esta proposta tão depressa foi tornada pública como, logo de imediato, veio o secretário de Estado do Ambiente dizer que a proposta “já não era uma hipótese para o Governo”. Certamente, já têm outra Grande Medida na manga…
Se o que se pretendia era reduzir o consumo de sacos de plástico, seguramente haveria outras medidas a tomar. Não deverá é ser o consumidor a pagá-las! Sem dúvida que seria uma boa fonte de rendimentos para o Governo. É por causa destas Grandes Medidas que o custo de vida e a inflação aumentam no nosso país. É por causa destas Grandes Medidas que nada se resolve no nosso país.
Eu, até nem me importava de pagar os cinco cêntimos, desde que fosse para os membros deste Governo enfiarem os sacos de plástico nas suas cabeças…

domingo, 2 de dezembro de 2007

Mais um dia de greve

Sexta-feira foi mais um daqueles dias extremamente difíceis. Difícil devido a mais uma greve geral. Assim, um pouco por todo o país, escolas, jardins-de-infância, repartições e transportes públicos param ou diminuíram os seus serviços.
Não estou aqui a criticar o direito à greve nem as suas reivindicações – que aliás, considero justas. Problema muito maior – e muito mais crítico – que o transtorno causado, são os números desta greve. No nosso país o problema das greves são sempre os números…
Em Portugal, fazem-se greves não para que se melhorem as condições de trabalho ou os salários dos operários mas sim para que, depois, se discutam os números. O Governo nunca está de acordo com os números avançados pelos Sindicatos e vice-versa. Desta vez, os Sindicatos avançaram com números na ordem dos 80%. O Governo, por seu lado, apresentou valores perto dos 20%. Números completamente opostos uns dos outros.
Porque será que, em Portugal, os números apresentados por ambas as partes nunca se aproximam? Porque será que, depois da greve, se fica a discutir os métodos de contagem utilizados em vez dos verdadeiros interesses dos trabalhadores? Se Governo e Sindicatos, ou Sindicatos e Patrões, não conseguem chegar a um consenso quanto aos números de uma greve, como é que, um dia, hão-de chegar a acordo no que diz respeito aos direitos dos trabalhadores?
Afinal, de que é que eles têm medo? Será que o Governo e os Sindicatos têm medo que possa não haver mais greves? Afinal, depois discutiam sobre o quê?