terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Que grande filme...

Esta semana fui com o meu filho ao cinema.
Cheguei ao cinema, dirigi-me à “bilheteira” – e digo “bilheteira” porque actualmente, nesta era de querer ganhar dinheiro fácil com poucos gastos, aquilo que deveria ser o ponto de aquisição de bilhetes é, também, o local onde se pode comprar pipocas, cachorros quentes, chocolates, colas e outras bebidas e merchandise dos filmes em exibição.
Assim, depois de ter estado cerca de 15 minutos numa fila maioritariamente constituída por jovens que pareciam famintos por pipocas – quais abelhas obreiras em busca de pólen –, pude adquirir os meus bilhetes. O jovem que me atendeu – que certamente seria um zangão – foi, no mínimo, muito pouco atencioso. Informou-me, num tom seco, que para a sessão das 17h10 já havia poucos lugares disponíveis e que os melhores, então, seriam na terceira fila. Pedi-lhe para verificar novamente, já que ainda faltavam quase duas horas para o início do filme. Não senhor, já não há mais lugares vagos. Aceitei.
Quando começa o filme verifico, do meu lugar na terceira fila, que meia sala ainda se encontra vazia. «É época de Natal, as pessoas aproveitam até à última para fazer umas compras e chegam mais tarde», pensei eu. Sensivelmente a meio da primeira parte do filme, verifico que, afinal, as pessoas não andavam nas compras; a sala continuava meia vazia.
Resolvi o problema. Mudei para o meio da sala, de onde assisti ao resto do filme divertido com o meu filho.
Isto é o que faz colocarem pessoas que só “sabem” vender pipocas e colas a “tirar” bilhetes e, provavelmente, tirar pessoas da sala também. Grandes melgas! Os clientes é que pagam…
Para que conste, foi numa sala Lusomundo e o filme “História de uma Abelha”.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Os livros que estou a ler #2

“Lembrem-se de Mim”, de Mary Higgins Clark.
“Lembrem-se de Mim” (“Remember Me”, no original) foi escrito em 1994. Menley e Adam, um jovem casal, alugam uma casa em Cape Cod na esperança de refazerem o seu casamento. O nascimento da filha, Hannah, revitaliza o relacionamento do casal, mas Menley nunca parou de se responsabilizar pela morte acidental do seu filho de dois anos. Entretanto, Adam – advogado – aceita como cliente um suspeito de ter assassinado a sua própria noiva. Na casa alugada, uma mansão do século XVIII com um passado sinistro, estranhos incidentes levam Menley a reviver o acidente que vitimou o seu filho e ela começa a temer pela segurança de Hannah.
“Remember Me” foi adaptado para televisão em 1995, onde Mary Higgins Clark participa como Mary.

Mary Higgins Clark (Nova Iorque, 1929) é, hoje, considerada uma das mais importantes autoras de suspense, sendo mesmo considerada a “rainha” do suspense americano. Após uma infância algo difícil – perdeu o pai com apenas 10 anos –, só em 1956 consegue editar as suas primeiras histórias na revista “Extension”. À imagem da mãe, também ela enviúva cedo ficando com cinco filhos a seu cargo. Começa, então, a escrever guiões para rádio. Com base na investigação que tinha feito para um dos seus programas de rádio sobre personalidades americanas, edita um romance biográfico, “Aspire to the Heavens”, sobre George Washington. Em 1975, com o seu primeiro romance, “Where are the Children”, obtém o seu primeiro grande sucesso editorial. A autora conta já com cerca de três dezenas de títulos publicados – muitos deles “best-sellers” mundiais – e, ao longo dos anos, conquistou diversos prémios.

Autores que estão na minha mesa de cabeceira: Doris Lessing e José Rodrigues dos Santos.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

O Especialista

Esta semana, tive um pequeno acidente: parti um dente.
Tive que marcar uma consulta “de urgência” no dentista. Perdão, no estomatologista.
Cheguei ao consultório do senhor doutor e expliquei-lhe o sucedido. Ele manda-me sentar na cadeira e “dispara”:
- Então, diga-me lá qual foi o dente que partiu…
“Então, diga-me lá qual foi o dente que partiu…”!? Ó senhor doutor, não seria de esperar que quando eu lhe mostrasse a boca, o senhor identificasse de imediato o dente partido? Afinal, quem é o especialista?

domingo, 9 de dezembro de 2007

O Natal está comprometido!!!

Este ano, o Natal está seriamente comprometido. A empresa que faz a logística do Pai Natal cometeu um erro gravíssimo e, devido ao adiantado do calendário, vai ser difícil emendar o engano. Os presentes estão trocados.
Eu vi, através da televisão, o Pai Natal entregar, a crianças de Portugal, baldes de praia… Meus amigos, estamos em Dezembro – é tempo de frio – nenhuma criança vai brincar com baldes e pás para a praia.
Foi durante a semana que, entre programas, vi a Parada de Natal SIC num qualquer Intermarché. Nas imediações do supermercado, o Pai Natal entregou a mais de que uma criança baldes de praia… No entanto, reparei que havia outras que recebiam bonecas e carros… Não percebo o critério! Mas também não é o critério que quero perceber; o que eu gostava de perceber é a razão de algumas crianças receberam baldes de praia em pleno mês de Dezembro…
Será que aqueles presentes se destinavam a países mais tropicais ou, pelo menos, a países do outro hemisfério onde agora é Verão?

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Medidas de plástico

Este Governo preparava-se para mais uma das suas Grandes Medidas: cobrar cinco cêntimos por cada saco de plástico utilizado nas compras realizadas em grandes superfícies. E digo preparava-se, porque esta proposta tão depressa foi tornada pública como, logo de imediato, veio o secretário de Estado do Ambiente dizer que a proposta “já não era uma hipótese para o Governo”. Certamente, já têm outra Grande Medida na manga…
Se o que se pretendia era reduzir o consumo de sacos de plástico, seguramente haveria outras medidas a tomar. Não deverá é ser o consumidor a pagá-las! Sem dúvida que seria uma boa fonte de rendimentos para o Governo. É por causa destas Grandes Medidas que o custo de vida e a inflação aumentam no nosso país. É por causa destas Grandes Medidas que nada se resolve no nosso país.
Eu, até nem me importava de pagar os cinco cêntimos, desde que fosse para os membros deste Governo enfiarem os sacos de plástico nas suas cabeças…

domingo, 2 de dezembro de 2007

Mais um dia de greve

Sexta-feira foi mais um daqueles dias extremamente difíceis. Difícil devido a mais uma greve geral. Assim, um pouco por todo o país, escolas, jardins-de-infância, repartições e transportes públicos param ou diminuíram os seus serviços.
Não estou aqui a criticar o direito à greve nem as suas reivindicações – que aliás, considero justas. Problema muito maior – e muito mais crítico – que o transtorno causado, são os números desta greve. No nosso país o problema das greves são sempre os números…
Em Portugal, fazem-se greves não para que se melhorem as condições de trabalho ou os salários dos operários mas sim para que, depois, se discutam os números. O Governo nunca está de acordo com os números avançados pelos Sindicatos e vice-versa. Desta vez, os Sindicatos avançaram com números na ordem dos 80%. O Governo, por seu lado, apresentou valores perto dos 20%. Números completamente opostos uns dos outros.
Porque será que, em Portugal, os números apresentados por ambas as partes nunca se aproximam? Porque será que, depois da greve, se fica a discutir os métodos de contagem utilizados em vez dos verdadeiros interesses dos trabalhadores? Se Governo e Sindicatos, ou Sindicatos e Patrões, não conseguem chegar a um consenso quanto aos números de uma greve, como é que, um dia, hão-de chegar a acordo no que diz respeito aos direitos dos trabalhadores?
Afinal, de que é que eles têm medo? Será que o Governo e os Sindicatos têm medo que possa não haver mais greves? Afinal, depois discutiam sobre o quê?

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

O desafio de Sócrates

O primeiro-ministro, José Sócrates, desafiou a região norte do país a “andar mais depressa”. Com um bocadinho de força de vontade e com o poderio da região, o primeiro-ministro ainda se arrisca a ver o norte do país “correr” para Espanha e ver a sua integração na Galiza. Aliás, tal não será difícil, pois grande parte da mão-de-obra já se encontra a trabalhar em Espanha.

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Portugal está no Europeu de futebol

Parabéns Portugal. Parabéns Scolari.
A Selecção Portuguesa conseguiu o apuramento para a fase final do Campeonato da Europa de 2008. A Selecção está de parabéns. O nosso orgulho volta a elevar-se.
Não foi uma “caminhada” bonita esta série de jogos de apuramento. Nem bonita, nem nada brilhante. Os resultados foram fracos e as exibições muito modestas. Mesmo com as contrariedades que a Selecção atravessou, as coisas podiam ter corrido bem melhor.
Mas Scolari está de parabéns. Apesar de tudo, conseguiu o que se pretendia: o apuramento. Sem grandes exibições, sem grandes resultados – nunca conseguiu vencer os adversários mais directos de Portugal -, mas o objectivo final foi conseguido. Vamos à fase final do Europeu.
Agora é preciso trabalhar. Trabalhar muito. A esta Selecção ainda falta muito entrosamento, muito treino, muito sangue-frio. Mas ainda temos muito tempo.
Parabéns Portugal!

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Os livros que estou a ler #1

“A Sangue-Frio”, de Truman Capote.
Estou mesmo a terminar. Truman Capote reconstrói o crime, a investigação, a captura e o julgamento de dois homens que selvaticamente assassinaram os elementos de uma família de uma cidade do Kansas (EUA). “A Sangue-Frio”, publicado pela primeira vez em 1966, teve grande êxito e gerou enorme polémica. É considerado a obra-prima de Truman Capote e iniciou um género literário denominado pelo autor como “romance não-ficção”. É um “retrato” da violência na América.

Truman Capote (1924-1984) foi um dos grandes escritores e uma das figuras mais carismáticas e controversas da cultura americana do século XX. Nasceu em New Orleans. Estudou em New York e aos 17 anos trabalhava como jornalista. Publicou contos, romances e escreveu guiões para filmes. Um dos seus livros – “Breakfast at Tiffany’s” (1958) - foi adaptado ao cinema, em 1961, por Blake Edwards e contou com a participação de Audrey Hepburn.
Bennett Miller realizou “Capote” (2005), com Philip Seymour Hoffman, baseado na vida de Truman Capote e nos sete anos da criação de “A Sangue-Frio”.

Autores que estão na minha mesa de cabeceira: Doris Lessing, José Rodrigues dos Santos e Mary Higgins Clark.

Um livro é um amigo

Neste país de poetas e de, cada vez mais, escritores, cronistas e bloguistas foram recentemente divulgados os resultados de um estudo sobre os hábitos de leitura dos portugueses.
O referido estudo revela que só 57 por cento dos portugueses lêem livros – um número que nos deixa pouco à vontade comparativamente com o resto dos países da União Europeia. É verdade que, se olharmos para dez anos atrás, hoje os números são mais simpáticos. É verdade que cada vez se vendem e se editam mais livros em Portugal. Também é verdade que se um livro nos pode “abrir os olhos”, os preços dos livros fazem-nos abri-los ainda mais…
Ler um livro é a maior liberdade que podemos ter! Um livro é um amigo que nos ensina coisas (às vezes sem nos apercebermos) e que nos recorda outras que julgávamos esquecidas. Um livro – qualquer que seja – tem o poder de nos “levar” para qualquer outro lugar – sentados no sofá da sala, na cadeira da esplanada ou no banco do jardim podemos correr mundo, viver aventuras ou “conhecer” pessoas.
Eu gosto de ler. Eu gosto de livros. Gosto do livro enquanto instrumento de leitura e gosto dele enquanto objecto em si – gosto de olhar para eles, de lhes tocar, de sentir as páginas, de cheirá-los quando são novos.

A partir de hoje, vou partilhar convosco as minhas leituras.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Em Novembro põe tudo a secar que pode o Sol não voltar

Eis-nos chegados a Novembro. Num mês e num ano normal, este seria tempo de chuva, frio, castanhas assadas, café quentinho e de uma mantinha a cobrir-nos as pernas. Mas as coisas não estão nada normais – nem este é um mês normal e nem este está a ser um ano normal.
No mês onze do calendário, temos tardes de sol quente e nada de chuva e frio. Assim, em vez das castanhas assadas e do café quentinho, apetece-nos é uma cerveja fresquinha e dar um passeio pela praia. Os tempos estão muito mudados.
Durante os meses quentes de Verão tivemos poucos incêndios. Comparativamente com o ano passado, pode dizer-se que foi um período calmo. Agora, em pleno mês de Novembro e, com o tempo quente, há vários concelhos a braços com incêndios florestais. Os tempos estão muito mudados.
Por este andar, em vez de um Natal cheio de frio e celebrado no quentinho da lareira, vamos ter um Natal cheio de sol e de calor. O Pai Natal em vez de aparecer com o pingo no nariz e vestido com roupas quentes e grossas, vai ser substituído por uma Mãe Natal boazona, bronzeada e em biquini. Os tempos estão muito mudados.

domingo, 4 de novembro de 2007

Há dias assim...

Hoje é domingo!
Está bom tempo. Apetece-me ficar em casa.
Enrolo-me no sofá, ao lado da janela. Fico a saborear este calorzinho tardio de Outono. Vou pegar naquele policial que ando para acabar há dois meses. Ponho uma música (antiga) a tocar na aparelhagem. Vejo uma série na televisão. Vou comer pouco e beber uma cerveja. Preta, hoje pode ser cerveja preta.
Há dias em que nos sentimos assim…

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

sexta-feira, 26 de outubro de 2007

O meu pai é dono de um banco

Ao que parece chegou ao fim mais um episódio da novela Millennium BCP.
Após o alvoroço levantado por alguns accionistas (entre eles Joe Berardo), “descobriu-se” que o Banco tinha perdoado uma dívida de 12,5 milhões de Euros a Filipe Gonçalves – filho de Jardim Gonçalves –, referente a vários empréstimos concedidos a empresas onde o filho do homem-forte da banca nacional tinha participações.
Quanto à questão do perdão da dívida, convém não esquecer que o Millennium BCP é um Banco privado. E, como entidade privada, pode fazer o que muito bem entender com os seus dinheiros, desde que dentro da Lei. Os responsáveis pelo BCP apenas tem que prestar contas aos seus accionistas. Esses sim poderão decidir se houve má gestão ou não mas, devido aos resultados obtidos pelo banco nos últimos anos, não me parece que haja grandes queixas…
Quando todos discutiam sobre o eventual favorecimento de Filipe Gonçalves devido ao seu pai ser membro dos órgãos sociais daquele Banco, Jardim Gonçalves vem a terreiro (com algum atraso, é certo) e “resolve” o problema pagando a dívida do seu próprio bolso – provavelmente, agora, vai descontar esse valor nas mesadas do filho.
Numa altura em que se volta a falar do crédito mal parado e do endividamento das famílias portuguesas (que atingiu um novo máximo) é, no mínimo, estranho que uma dessas famílias seja a de Jardim Gonçalves.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Povo aventureiro

Os portugueses sempre foram um povo aventureiro. Um povo de descobridores. Depois de termos descoberto uma forma de “dominar” o Mundo, tentámos dominarmo-nos a nós próprios. Descobrimos um país, descobrimos a ditadura, descobrimos a liberdade, descobrimos a democracia, descobrimos a crise, descobrimos uma maneira de quase destruir um país. Agora chegou a hora de uma nova aventura: tentarmos descobrir uma solução para isto tudo.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

O Regresso


De regresso após umas férias prolongadas, reparei que as nossas ruas e estradas estão mais bonitas – dá gosto andar pela rua fora…
Obrigado Triumph, por fazerem o que fazem! Obrigado Cláudia Vieira por nos fazeres aquilo que fazes...

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Do Portugal profundo para o mais fundo de Portugal



Notícias vindas a lume recentemente, dizem que José Sócrates apresentou uma queixa-crime contra o autor do blog “Do Portugal Profundo”, António Balbino Caldeira, devido ao conjunto de textos que este escreveu sobre a licenciatura do Primeiro-Ministro.
Também recentemente, numa reportagem exibida na TV, um piloto da nossa esquadra de F16 – situada na Base Aérea nº 5 (Monte Real) – garantiu que era o Primeiro-Ministro quem dava a ordem de disparo daquelas aeronaves.
António Caldeira que se ponha a pau…

Para ler: http://doportugalprofundo.blogspot.com/.

Joe Berardo e a paixão clubista

Já há muito que eu considerava Joe Berardo uma “espécie de ícone”, um exemplo de homem de negócios (e não só…) que sabe o quer e que luta para conseguir os seus objectivos. Um exemplo a seguir e um homem por quem eu nutria uma grande admiração: um grande empresário, um homem da cultura e um benfiquista.
Joe Berardo conseguiu agora baralhar os meus sentimentos em relação a essa admiração.
Eu explico: Joe Berardo disse alto e em bom som, em público e perante a comunicação social, aquilo que muitos benfiquistas pensavam e não diziam. Em declarações recentes Berardo disse que “a equipa do Benfica é fraca. É um lar de terceira idade. O Rui Costa diz que gosta muito do Benfica. Se é assim, porque é que não jogou lá quando tinha 25 anos?”
Eu ouvi estas declarações, à noite, no noticiário, e gritei: Ah Joe, grande homem! Mostra a esses gajos que tens os tomates no sítio!
A minha admiração por Joe Berardo aumentou exponencialmente.
Concordo com Joe Berardo. A equipa do Benfica está envelhecida. Olhemos para as idades de alguns “carismáticos” do Benfica: Quim, 31 anos; Rui Costa, 35; Karagounis, 30; Léo, 31; Nuno Gomes, 30. Também eu acho que é preciso arranjar “sangue novo” para aquele balneário.
Depois disso, no dia seguinte, seguiu-se um pedido de desculpas ao Rui Costa, de quem Joe Berardo diz ser amigo pessoal. E mais declarações a confiar na gestão do presidente Luís Filipe Vieira. E mais…
A confusão instalou-se no meu cérebro. A sucessão de declarações contraditórias não lhe ficam bem e não agradam aos sócios do Benfica. Afinal, Joe Berardo pensa aquilo que disse ou disse aquilo sem pensar?
A minha admiração por ele voltou a descer.
Longe de mim pensar em aconselhar um homem e um empresário como Joe Berardo, mas dinheiro e paixão clubista nem sempre são bons aliados.

domingo, 17 de junho de 2007

Reformar as reformas…

O Governo português aprovou, recentemente, o aumento gradual das reformas mínimas nacionais. Os mais entusiastas poderiam aplaudir a ideia mas, analisando bem as coisas, a medida apresenta-se desmedida…
Assim, a reforma mínima nacional será de 350,00 Euros, mas em 2012… Até lá, e quando lá chegarmos, continuaremos a ter umas reformas de merda!
Os pensionistas que recebem as reformas mais baixas têm de continuar a (sobre)viver com a miséria que o Estado lhes paga. Afinal, também neste aspecto temos de continuar na cauda da União Europeia.
É urgente reformar estas reformas…

sábado, 16 de junho de 2007

O senhor tem taras?

No outro dia fui ao supermercado. Quando estava na caixa a proceder ao pagamento das minhas compras, o empregado – que até era bastante apresentável – virou-se para mim e, com aquele ar, aparentemente, indiferente, pergunta: “O senhor tem taras?”
“Desculpe!?...”, respondi-lhe eu, surpreendido com o inesperado da pergunta. “Quem não tem. Não é verdade?”, atirei-lhe logo de seguida.
O empregado corou e virou-se para a caixa registadora.

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Aeroporto da Ota “transformado” em base de lançamentos

O novo aeroporto da Ota ainda não começou a ser construído e já está a ter resultados positivos: acaba de lançar um novo comediante nacional.
O ministro – e também engenheiro – Mário Lino demonstrou na passada quarta-feira que está a preparar a sua saída do Governo e pronto a abraçar uma nova etapa: o stand-up comedy.
Num almoço da Ordem dos Economistas o ministro rejeitou a construção do novo aeroporto de Lisboa na Margem Sul alegando que esse espaço é um «deserto» e negou que exista «qualquer sentimento de teimosia do Governo em avançar com este projecto». E que acha «faraónico fazer o aeroporto na Margem Sul, onde não há gente, onde não há escolas, onde não há hospitais, onde não há cidades, nem indústria, comércio, hotéis e onde há questões da maior relevância que é necessário preservar». O membro do Governo ainda acrescentou: «Digo isto com consciência profissional evocando a minha condição de engenheiro civil, inscrito na Ordem dos Engenheiros».
O senhor ministro, no mínimo, insultou todos aqueles que vivem e trabalham no "deserto" da Margem Sul – onde vivem cerca de um milhão de pessoas – onde há cidades, há hospitais, há indústrias, há comércio e há turismo. Ou então, estava a fazer uma graçola...
O senhor ministro diz não haver qualquer teimosia do Governo em avançar com a Ota. Pois não, a avaliar pelos estudos que o Governo pediu sobre os locais alternativos... Ou então, estava a fazer uma graçola...
O senhor ministro disse tudo o que disse na «condição de engenheiro civil». Ora, tendo em conta factos recentes, não sei se a condição de engenheiro civil lhe será muito abonatória. Deve ser, com certeza, outra graçola...
Na Margem Sul há questões da maior relevância que é necessário preservar. Pois há! Elas existem por todo o país. O que não me parece de preservar é o lugar do senhor ministro; até porque as graçolas com membros do Governo não têm dado bom resultado.Como ministro, não faço comentários ao trabalho de Mário Lino. Como comediante, parece-me que poderá vir a ter algum sucesso.

terça-feira, 24 de abril de 2007

O fim da dúvida

Eu já não tenho dúvidas!
A televisão é uma “caixinha” surpreendente e com um grande poder. Com a sua aparição na TV, José Sócrates esclareceu todas as minhas incertezas quanto à sua licenciatura. Para mim o nosso primeiro-ministro foi perfeitamente elucidativo.
Não me restam dúvidas. Depois das imagens, na televisão, do nosso primeiro-ministro de colher na mão (na obra do IKEA), não me restam dúvidas: José Sócrates é engenheiro!

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Que belo dia!

Hoje sim!... Está um magnífico dia. Que belo dia para se passear à beira-mar. Que belo dia para estar sentado numa esplanada e beber um sumo fresquinho.
Já se sente a Primavera no ar. Já sinto o calorzinho desta época estival. Já consigo ver as andorinhas. Já ouço os passarinhos a cantar. Já ouço o zumbido das abelhas.
Que dia magnífico, e eu aqui fechado a trabalhar…

sábado, 14 de abril de 2007

Perfeito, perfeito...

Perfeito, perfeito, era tirarem as perninhas do Bruno Nogueira do filme da Super Bock.

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Azares...

Toda esta polémica à volta da licenciatura do nosso Primeiro-Ministro é tipicamente portuguesa. Três semanas a especular sobre a licenciatura do nosso Primeiro-Ministro. O jornal “Público” noticiou as contradições, as omissões, os documentos não assinados e os assinados ao domingo que fazem parte do dossier de José Sócrates arquivado na Universidade Independente.
Eu não quero saber se o homem que dirige o país é doutor ou engenheiro. Para mim tanto faz; para mim até pode ser empregado de mesa ou dona de casa. O que eu quero é que esse homem – o Primeiro-Ministro – governe bem o país e zele pelo bem-estar dos portugueses.
Toda esta trapalhada é o fruto de uma série de azares: o azar de José Sócrates foi a Universidade Independente – onde, ao que parece, fez o curso – estar agora a ser investigada; o azar de José Sócrates é ser, agora, o Primeiro-Ministro de Portugal; o azar de José Sócrates é ter muita gente que não gosta dele; o azar de Portugal é ter um Primeiro-Ministro como José Sócrates.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Está tudo doido?

Primeiro foi Manuel Pinho, Ministro da Economia, e aquela “sua” ideia disparatada da campanha para promover o “Allgarve” – não se “muda” o nome de uma região só para aproveitar um trocadilho.
Depois, numa terra que se diz democrática, evoluída e desenvolvida – recheada de cultura, de descobridores e de outras grandes figuras, uma terra que deu novos mundos ao Mundo –, o seu povo escolheu como “O Grande Português” um ditador: Salazar. Eu tenho vergonha! Penso que a maior parte das pessoas que votaram não fazem a menor ideia do que é viver em ditadura.
Agora, são os senhores do PNR com aquele cartaz que diz “Basta de imigração” a querer “enviar” os imigrantes embora... Mas está tudo doido?

domingo, 8 de abril de 2007

Censurado...



Por motivos de censura este blog esteve temporariamente sem posts.


segunda-feira, 19 de março de 2007

Dois anos de Governo

O Governo do sr. eng. José Sócrates faz agora dois anos. Está, portanto, a meio do seu mandato.
Os números são como o algodão: não enganam. A taxa de desemprego em 2005 era de 7,6 por cento o que, na altura, foi considerado por Sócrates de escandaloso. Hoje, a taxa de desemprego ronda os 8 por cento...
O crescimento económico do país continua (quase) sem crescer – bem longe dos 2,7 por cento previstos para a União Europeia.
Para quê os sacrifícios pedidos pelo Governo? Será que estamos condenados a andar sempre no pelotão dos últimos da União Europeia? Será que os novos países aderentes à UE nos irão ultrapassar a nível de desenvolvimento? Pelos números das Nações Unidas não parece haver grandes dúvidas – em 2004, no Relatório para o Desenvolvimento da ONU, Portugal estava no 26º lugar. Hoje estamos no 28º, sendo que, dentro da União Europeia, Portugal é já 17º.
A diferença entre Portugal e os restantes países da União Europeia continua a aumentar. O país parece estar cada vez mais pobre, as famílias cada vez mais endividadas e o desemprego continua a aumentar. Mas, parece-me que o Governo continua a fazer passar a imagem de que Portugal está no caminho certo.

sexta-feira, 9 de março de 2007

Mais privatizações

Esta semana li, no Diário de Notícias online, que existe a possibilidade do Governo vir a privatizar os cemitérios, entregando a sua gestão aos privados.
Já era de esperar. Num país onde o Estado não faz muito pelos vivos, também era previsível que, um dia, se desinteressasse pelos mortos. Afinal, estes últimos já não contribuem com os seus impostos.

Falta educação

Com alguma frequência, tem vindo a público, notícias de violência nas escolas. Alunos que maltratam professores e, mais recentemente, até familiares de alunos que batem nos docentes.
Depois queixam-se que o nosso sistema escolar não funciona. Não é o sistema escolar que não funciona. São os pais, em casa, que não funcionam – é em casa que se dá a educação, na escola adquirem-se conhecimentos. A má educação dos alunos (e de alguns familiares) é que é muita. Ao que parece, agora é moda não dar educação aos filhos…
Se é verdade que alguns miúdos nos conseguem fazer “perder a paciência”, também não é menos verdade que existem professores que “fervem em pouca água”. Mas tanto docentes como alunos têm que saber conviver dentro da escola.
Ainda me lembro, do meu tempo de escola, quando chegava a casa alguma “má notícia”. Eu “borrava-me todo” só com o discurso do meu pai.

terça-feira, 6 de março de 2007

Consulta atrasada

Demorou dois anos! Demorou, mas chegou… ou melhor, vai chegar lá mais para o fim do mês.
Alguém, meu conhecido, teve um problema de saúde há cerca de dois anos. Depois de ter sido assistido de urgência no SAP da sua área de residência, foi seguido pelo médico de família. O seu clínico assistente aconselhou que se marcasse uma consulta e uma série de exames no hospital central.
Chegou agora – mais de dois anos depois – o postal com a data da dita consulta… Quando já todos pensavam que a consulta se tinha extraviado, eis que surge o postal. Finalmente o meu conhecido vai ficar a saber o que teve e o que causou o seu problema de saúde… há dois anos atrás.
Os nossos serviços de saúde funcionam muito bem… Felizmente o problema não era (muito) grave…

O regresso de Portas

Paulo Portas diz vai voltar, activamente, à política. Quer voltar à liderança do CDS-PP. Acho bem.
Uma boa oposição pode originar uma boa governação, e estamos a precisar de ter uma oposição mais forte e que se faça ouvir. E Paulo Portas é um bom elemento na oposição. A actual bancada da oposição precisa de ideias novas – ideias que se façam ouvir do lado de fora do Parlamento. Fazem falta as ideias (populares) de Paulo Portas na bancada da oposição. Na bancada da oposição e no próprio CDS-PP, que tem andado meio adormecido. Faz-lhe falta um bom abanão para ver se acorda…

segunda-feira, 5 de março de 2007

Bienvenidos

Depois das Maternidades, este Ministério da Saúde quer fechar os serviços de urgência de alguns Centros de Saúde e Hospitais espalhados pelo país. Já não chegava termos que ir nascer a Espanha, termos que ir trabalhar para Espanha e, agora, quando estivermos doentes, também vamos ter que ir ao médico ao país vizinho. Isto está lindo!
Não era melhor mudarmos de vez para Espanha?