segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Nós é que pagamos a crise

Parece que é definitivo. A crise está instalada na Europa e na América e teme-se uma recessão mais ou menos global. Os Governos reúnem-se e aprovam ajudas financeiras aos bancos.
O Primeiro-Ministro, José Sócrates, diz que esta crise é das que acontecem uma vez na vida e que não se fará sentir por cá tanto como se sentirá na América e no resto da Europa. No entanto, este fim-de-semana, o Governo aprovou um fundo de vinte mil milhões de euros para garantir as operações de financiamento da Banca.
Todos nós sabemos que para recorrermos ao crédito bancário temos que dar garantias – para obtermos um presunto, temos que dar como garantia o porco, a pocilga, o tractor e a quinta. Agora, o engenheiro Sócrates decidiu que todos nós, portugueses, vamos pagar o financiamento da Banca (privada) nacional. Todos nós, com os nossos impostos, vamos pagar a má gestão, as asneiras e a mania das grandezas dos homens da Banca privada.
O engenheiro Sócrates pediu autorização a quem?
Vai ser o nosso dinheiro que vai pagar os ordenados chorudos dos homens da Banca, e nós que nos contentemos com a miséria do salário mínimo e com as reformas de merda.
Eu conheço algumas pessoas que já estão a tirar as teias de aranha e a limpar o pó debaixo do colchão… Resta-me a satisfação de saber que “esta é das crises que só acontecem uma vez na vida” e que, assim, não terei outra…

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